quarta-feira, 8 de junho de 2011

O final da viagem foi sem mistérios. Saímos tarde de Quaraí em direção a Passo Fundo onde ficaríamos uns dias na casa dos pais da Su.



Lá descansamos um pouco das férias e matamos saudades da família, de comida de casa, do pastel do Nestor.
Na saída um retorno breve ao Uruguai para abastecer a Ruiva com gasolina de 95 octanas.
No caminho diversos pontos de fiscalização conjunto da Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e Exército Brasileiro.



Muito bom ver o Estado se fazendo presente e acabando com a sensação de terra de ninguém. Espero que a idéia prospere.
De resto a RS 223 antes de Tio Hugo está com a pista em direção a Tio Hugo em péssimo estado, devendo ser evitada a noite.

deslocamento do dia 18: 634 km


deslocamento do dia 19: 301 km

total da viagem 7332 km

sexta-feira, 3 de junho de 2011

dia 17 – 30/05 – Cordoba à Quaraí



Acordamos e após o café saí para conseguir alguns pesos, o efectivo argentino estava alarmando nível baixo e nunca se sabe quanto se pode precisar.



Abastecida a moto passamos na BMW de Córdoba para conseguir o material para a revisão pós-viagem. Hoje pela primeira vez resolvi testar a GoPro no modo foto automática, onde uma foto é batida a cada intervalo de tempo pré-determinado. Algumas delas estão nesta postagem (foram 3 mil ao longo do dia).



Pegamos estrada com destino a Quaraí.
A idéia inicial era rumar até Resistencia para evitar problemas com a Policia Camiñera no entorno da Ruta 14 e arredores de Paso de Los Libres em Corrientes e Entre Rios. É duro falar que tal órgão tem problema de maneira genérica, mas o fato é que faz anos que os fatos se repetem e independente de reportagens e denúncias as autoridades locais nada fazem de efetivo para extirpar esse câncer.
Olhando o mapa cheguei à conclusão que a aproximação do Brasil poderia ser pelo sul por estradas não próximas à área problemática.



A ruta 14 seria um mero entroncamento na altura de Concórdia.
De fato a opção de entrar pela rota menos turística se mostrou acertada. Não fomos parados nem uma vez. Cabe aqui ressaltar que não somos contra a fiscalização, muito ao contrário ela promove a segurança pública e deve ser uma prática comum. O problema é o dissabor que a coima, de certas áreas específicas da Argentina , causa em qualquer pessoa.



A Su passou pela primeira vez no túnel entre Santa Fé e Paraná.



Apesar da grande quantidade de núcleos urbanos a viagem rendia muito bem. Chegamos no horário previsto em Concórdia.





Fizemos os tramites alfandegários entre Concórdia e Salto já escurecendo. Nas instalações da aduana a Suzete foi advertida por outras mulheres sobre o perigo dos “ratones”, que viemos a saber se tratarem de ladrões da estrada na direção de Quaraí. O fiscal da receita Uruguaia me orientou a tomar cuidado com os animais soltos a noite.
Na saída de Salto havia uma viatura da polícia camiñera e resolvi parar para perguntar sobre os tais “ratones”. O policial me disse para ir com cuidado pois havia alguns trechos em obras mas quanto a bandidos falou que não havia perigo.
Segui tranqüilo mas uns 30 quilômetros depois havia sobre a rodovia, exatamente na minha faixa de rodagem 3 pedras empilhadas exatamente no meio da faixa. As pedras tinhas altura suficiente para danificar até mesmo uma caminhonete. Graças aos bons faróis da GS Adventure consegui ver com antecedência suficiente para desviar.



Sem querer contrariar os policiais uruguaios eu só conheço um motivo para alguém colocar pedras daquela maneira sobre uma rodovia. Por isso recomendo: prestem atenção sempre, mesmo não estando no nosso violento Brasil este tipo de problema existe em qualquer lugar e sempre procurem conversar com os habitantes locais.
Ultrapasssada esta surpresa descobrimos que as pequenas reparaciones da estrada eram na verdade arrancar todo o asfalto e refazer a estrada. Não foi agradável a experiência de cascalho solto, a noite, carregado e com a ameaça dos ratones.
Depois de 200 quilômetros noturnos com alguma habilidade e muita sorte chegamos bem à Quaraí, no nosso Brasil. Fomos dormir no conhecido e habitual Fenic, o melhor hotel da cidade.


deslocamento do dia: 901 km
total da viagem 6397 km

quarta-feira, 1 de junho de 2011

dia 16 – 29/05 – Mendoza a Cordoba

Este é um trajeto que já havia feito no ano passado com meu Pai, mas se Córdoba não é Roma para onde todos os caminhos levam, existem diverso tramos possíveis entre Mendoza e aquela cidade.
O Mapsource indicava a tradicional autopista pelo sul, o que fizemos no ano passado, o Google Maps indicava o norte. Na recepção do hotel, apesar da boa vontade de um funcionário, tivemos pouca ajuda, mas num centro de informações confirmamos que o caminho indicado pelo Mapear como rípio era asfalto, fato confirmado pelo WWW.RUTA0.COM. Assim escolhemos o que eles chamam como caminhos das Altas Cumbres.
Saímos da cidade pelo norte, pela Ruta 40, depois a direita até Belgrano para então subir até a Ruta 20.
O que posso dizer é que a paisagem é monótona mas o asfalto perfeito e quase sem movimento. Pontos de apoio e fiscalização são quase inexistentes também, mas as gasolineiras são mais que suficiente mas com pago solamente em efectivo.



Com o caminho bom e mais curto chegamos cedo a Vila Dolores onde almoçamos.
Passaríamos com dia claro pelo belo parque El Condorito e sua serra, las altas cumbres. Recomendo, a estrada é muito bonita e de moto não se tem tanto problemas nas ultrapassagens. Estava bem frio, sensação agravada pela humidade com um pouco de névoa no topo da serra.



Depois que a descida da serra acaba temos um continuação de estrada sinuosa e estreita com boas curvas e descida suave. Diferentemente do ano passado em diversos pontos tinha muito cascalho, areia e pedras sobre a via. Aparentemente levados pela chuva estavam desprovidos de qualquer sinalização.
Em um destas curvas a estrada estava tomada por um rio de pedras e areia. Resolvi ir pelo inexistente acostamento, o que não se mostrou melhor opção. Ao parar a moto para tentar seguir ao estilo apredendo a andar sem rodinhas o pé não alcançou o solo do lado direito prontamente e quando o fez foi em areia solta.
Não preciso dizer que a perna dobrada a bastante tempo não agüentou todo o peso e a moto tombou e fomos ao chão.
Um susto enorme para a Su.
Dizem as más línguas que um satélite espião da NASA tem a filmagem mas infelizmente é secreta. Hehehe.
Passado o susto seguimos viagem com ainda mais cautela mas seguindo a técnica ninja: não pare sobre o rípio, passamos por diversos outros pedaços da estrada totalmente tomados por areia e pedras.
Chegamos a Cordoba onde nos hospedamos no ACA ao lado do Parque Sarmiento e por lá ficamos para nos recuperar do susto e decidir sobre o dia seguinte. Bom hotel, mas bem caro para ACA. O restaurante não estava muito inspirado nesta noite.



deslocamento do dia: 620 km
total da viagem 5498 km