
Acordamos tranqüilos e depois do café seguimos em direção à serrinha. Os Caracoles estavam ali esperando por nós.

Foi muito legal poder mostrar para a Su e a espera pelo dia seguinte valeu a pena por pegar tudo com dia claro.


O dia estava lindo. Paramos para fotos na curva 13 e antes do túnel, onde havia bastante neve.


Lá em cima cheguei a cogitar a idéia do passo superior mas acabei desistindo por conta do peso total da moto e da minha falta de habilidade.
Passei com a Su, pela primeira vez pelo túnel deixando o Chile em direção à Argentina.
Compensando a travessia comportada e seu ganho de tempo fomos ao parque provincial do Aconcágua fazendo uma pequena trilha até a lagoa Horcones e um belo mirador da parede Sul do gigante de pedra.

Buscamos ainda, junto aos guarda parques, informações sobre trilhas maiores e os custos para se chegar ao cumbre da “Sentinela de Pedra”. Barato não fica a brincadeira, mas quem sabe um dia, acompanhado de amigos, de Inti, e da Su, chego lá, a 6962 m.

O Aconcágua é imponente e pede respeito, alguns alpinistas de alto nível perderam sua vida naquelas encostas. De qualquer sorte é um espetáculo imponente.
No passeio conhecemos um simpático casal argentino, Sr. Mário Bournissent e a esposa Sra. Gladys, bem como a prima italiana, Sra. Marilisa Stauder: nos deram dicas interessantes de atrações nos arredores de San Luis.

Conforme minha lembrança a estrada do outro lado apresentava uma série de irregularidades, causadas pelas correntes dos veículos em dia de gelo na pista, e a moto raspou algumas vezes no solo. Resolvi fazer alguns ajustes na suspensão pelo ESA. O endurecimento resultou em um pouco menos de conforto mas durante toda a viagem não tivemos mas nenhuma ocorrência do gênero.
Os tramites aduaneiros/imigratórios tiveram uma duração razoável!.!

Na aduana encontramos um grupo de moto: pai e mãe em uma GS 1200 Adventure e dois filhos, um numa Tiger 1050 e outro numa Aprila Dorsoduro 750. Todos com motos e equipamentos reluzindo de novo.
Achei interessante ver o casal utilizando capacetes BMW System 6 com intercomunicadores originais. O acabamento é ótimo mas segundo eles não se comunica com os Cardos G4 utilizados pelos filhos.

E por falar neles utilizavam Schuberth C3 com cardo G4, são bem grandes mas efetivamente, segundo eles, falam a 1 km de distância e conversam com os intercomunicadores originais do C3.


Paramos para almoçar em Uspallata e apesar de vinho não combinar com direção não pude deixar de voltar à dieta gaúcha, um bom e velho lomo a las quatro pimentas, ainda que acompanhado de pomelo. Escolhemos o restaurante próximo ao entroncamento dos postos de gasolina e fomos bem atendidos apesar do horário tardio.
Aliás aqui fica a dica, o GPS nos guiava à esquerda pelo caminho ao norte, passando pelas termas de Villavicencio. Por sorte, paramos para perguntar na Gendarmeria e nos foi dito que o caminho estava em rípio e bem solto.
Entre Uspallata e Potrerrilos está um trecho muito bacana, paralelo ao vale do Rio Mendozza a estada é muito divertida com muitas curvas, bom asfalto, pequenos túneis. Show para pilotagem com a suspensão bem regulada e para evitar o sono depois do almoço: 50 kms muito bons.
Chegamos a Mendoza e acabamos escolhendo o hotel Aconcágua, junto à praça Itália e com um bom custo benefício.
Saímos então para dar uma caminhada pela cidade e jantar.
A cidade é muito bonita e as calçadas largas com seu peculiar sistema de drenagem convidam a caminhar.

Quanto ao jantar fica a dica para evitar os caça-turistas da calle peatonal (calçadão) junto à praça Independência.
No dia seguinte, sábado, a Su saiu para uma volta pela cidade e eu fui olhar umas tiendas.
Almoçamos no mercado público uma parrila bem gostosa.

Depois uma caminhada pela cidade e suas belas praças descobrimos que por aqui deve ser lei "la siesta".


Literalmente a cidade para: resolvemos então para evitar violar qualquer lei entrar no clima.
A cena depois de um passeio ao centro de compras (aqui chamado de mall) foi no Estância La Florência.

O restaurante fica na Sarmiento 698, esquina com a Peru: a alimentação que todo homem deve ter, uma bife de chorizo de 500g, ao ponto, e vinho tinto.

Veio ao estilo Karin, acompanhado pelo máximo de refinamento que um prato de carne permite: papas. Vale a observação que a parte verde é mera decoração politicamente correta para evitar patrulhamento.
Diria que foi o melhor jantar de toda a viagem até aqui.
Volta ao hotel feliz para escrever o blog, de ontem.

deslocamento do dia 27: 281 km
total da viagem 4878 km