quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Dia 14 – Paraje Lemarchand a El Calafate
Viagem tensa pelo excesso de vento, mas uma tensão natural que proporciona um pouco de gosto de aventura ao Proyecto Austral. O consumo de combustível continuou alto e nestes últimos dois dias de velejar contra a perna do vento a moto também consumiu um pouco de óleo.
O pessoal de Caxias e Parobé que também dormiu na Lemarchand ficou sem combustível algumas vezes na estrada.
A primeira impressão de El Calafate é boa, e enquanto a Suzete escolhia o hotel eu dava duro cuidando da moto.
Olhamos alguns hotéis e resolvemos aproveitar a dica dos amigos Marcos e Antonela: o Patagônia Queen é um pequeno hotel boutique, com um tratamento diferenciado.
Como eles me disseram o Sr. Rafael, encarregado do hotel, só faltou nos carregar no colo. Acho que todo este tratamento especial vai ser para cobrar algum pendurado de dois anos atrás! Hehehehe. Muito conforto em um excelente quarto, uma boa cama e jacuzzi para relaxar da viagem. Quanto ao preço...certamente mais barato que os hotéis de luxo, mas um pouco maior do que o padrão dos hotéis da cidade: pelos simples fatores objetivos já seria excelente o custo benefício. Quanto a aquilo que não se pode mensurar, que tem preço: bem não tem preço!
Fomos passear pela cidade e buscar os passeios do dia seguinte.
Decidimos pelo trekking sobre o glaciar. Como deixamos para reservar no final do dia perdemos o transporte da agência e quase perdemos o passeio por falta de vagas, o que nos deixaria mais um dia na cidade ou nos obrigaria a optar por um passeio menos interativo.
Mas teríamos que providenciar transporte, já sabendo que os horários não combinam com o da empresa de ônibus.
Fomos providenciar o restante do material: vianda, mochila, água, etc...
Depois o sono dos justos.
Na série adesivo de viagens achamos este, muito simpático, em uma caminhonete de São Paulo. Ficamos na volta tentando achar o/a designer mas a família não apareceu.
Total do dia: 379 km
Ps. dica do motociclista inexperiente (Eu): "a moto e o vento" - outros já falaram a respeito do tema, mas sobre este ponto em específico não me recordo. O vento é muito forte quando se desce pela Argentina. Desde Neuquén se encontram ventos fortes, e aqui no sul da Patagônia, então, nem se fala. Durante a viagem encontramos dois motociclistas brasileiros que caíram (n.a. tradução do termo técnico "compraram terreno") ao realizar ultrapassagem sobre caminhões. Todos os dois de VStrom. Nós mesmos tomamos nossos sustos nas ultrapassagens. A história é que os caminhões andam a 110km/h, 120km/h, e motos grandes ainda mais forte. No momento em que se está ao lado do caminhão ou ônibus este cria uma barreira natural ao vento, que termina no momento em que se ultrapassa. Neste momento se toma um verdadeiro coice do vento, que pode sim lhe derrubar. A dica é não aproveitar toda a potência da moto na ultrapassagem, realizar a mesma com pouca diferença de velocidade de forma a poder sentir o vento novamente. Aliás todo obstáculo, natural ou não, muda a forma como o vento atual na motocicleta, seja uma caminhonete vindo no sentido contrário, seja uma pequena elevação do relevo, seja a curva que se aproxima. É isso, ficando aberto para correções dos motociclistas com a experiência da Patagônia.
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Charles, vou te falar, vários MOTOviajantes se referem a esse trecho como o de piores ventos (eu me incluo nesses). Vocês até podem pegar vento pior lá prá baixo, mas tem uma chance boa desse ter sido o pior.
ResponderExcluirAproveitem El Calafate!
[para a Suzete: aí em El Calafate eu comprei um colar de rodocrozita e lápis lázuli + brinco (conjunto) espetacular para a Antonela. Vamos ver se o ogrão aí toma iniciativa - o melhor lugar da região para esse tipo de compra!]
Aliás, acabei de falar com o Beto, vocês não vão acreditar que ele...