quinta-feira, 19 de maio de 2011

dia 5 – 18/05 – Humahuaca, voltando a São Pedro.

Depois de uma boa noite de sono acordamos e tomamos café da manhã (modesto) no hotel. Arrumamos a bagagem e pegamos a moto no hotel do lado, onde o proprietário a deixou gratuitamente. Para carros não havia lugar, mas para uma motocicleta vindo de tão longe, carregando tanta história e tão pequenina não havia problema!



Saímos e fizemos a descida até Pumamarca, quase 600 metros em pouco mais de 60 km, onde paramos para que a Su pudesse conhecer ao cerro Colorado e ao Cerro de las Sete Colores.



Depois disso Lipan vai se anunciando com curvas cada vez mais acentuadas. Confesso que foi emocionante retornar ali. Diferente da primeira vez já me sentia íntimo das curvas com que muito sonhei tempos atrás ouvindo amigos ídolos falarem daquela estrada distante, e mesmo com as limitações pela carga da moto me diverti muito e a Su ficou tranqüila logo ali atrás.



A Salina Grande também foi uma novidade para ela e nos divertimos na paisagem árida.




Foram abertas novas piscinas para os turistas observarem a água sob o salar ainda ativo então as ruínas mais afastadas da estrada foram só nossas.



Ao final da Cuesta do Lipan existe o marco de 4170 MSNM. Os dois GPS e o Spot indicaram 4190 MSNM para o mesmo ponto. Mas fato é que a esta altitude a moto trabalha normalmente e a temperatura ainda é “normal”. Mas a curiosidade é porque este não é o ponto mais alto da travessia: então o “porquê” do marco fica sem resposta. Fato é que posteriormente a altitude sobe de verdade, o bixo pega no quesito temperatura e a moto vira uma XRE 300 arrastando piloto caroneira e três baús de bagagem para Gramado!



Mas o fato é que aproximadamente uns 100 km antes de São Pedro os equipamentos registraram 4837 MSNM e um longo trecho acima dos 4500 metros. Aí sim a moto perdeu rendimento, exigindo muitas trocas de marcha.



Mas o fato mais marcante do trecho foi o frio. O termômetro da moto chegou a 0°C o que resultava em sensação térmica de -21°C. Agasalhos adequados, aquecedor de manopla não foram suficientes. O que mais senti falta entre os acessórios foi o “spoiler” que aumenta a proteção da mão. O vento àquela temperatura não tem solução nem com luva nem com punho aquecido e aqueles 3 cm de plástico fazem toda a diferença.



Superado o frio a chegada a San Pedro de Atacama foi tranqüila. Diferentemente dos tramites Argentinos que estão em um novo e belo prédio com rápido serviço no Chile continua o velho prédio e funcionários aparentemente inexperientes tornaram o serviço lento.
Muito bom estar de novo sob as benção da Pachamama, àos pés do Licancabur. A energia corre diferente aqui.
Superados os tramites fomos à busca de um hotel que acabou resultando novamente no Hostal Katarpe onde havia estado com meu pai pouco mais de ano atrás; Barato e com bom atendimento é um excelente custo benefício.
Trocamos de roupa e fomos jantrar e procurar contratar os serviços para passeios no dia seguinte: escolhemos os Geiser Del Tatio e Vale de La Luna.

deslocamento do dia 487 km
total da viagem 2617 km

2 comentários:

  1. Continuo curtindo a viagem de vocês, mesmo a distância.
    Tchê pelo visto pegaram um friozão brabo no Passo de JANA, bem maior do que aquele que pegamos em 14/03/10, o duro é a descida no lado chileno com aquele vento vindo do Pacífico.
    Bons passeios, aproveitem !!!!!!!!!!!!
    Abração
    Teu Pai

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  2. Charles, estamos acompanhando vocês aí, aproveitem bastante essa cidadezinha de Adobe!
    Bons passeios!

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